Arquivos de Brumadinho
Documento interno da Vale estimou em outubro de 2018 quanto custaria, quantas pessoas morreriam e quais as possíveis causas de um eventual colapso da barragem de Brumadinho (MG), que se rompeu no dia 25 de janeiro, deixando ao menos 165 mortos. As informações são da Folha de S.Paulo. O Ministério Público de Minas Gerais usa o relatório em ação civil pública em que pede a adoção de medidas imediatas para evitar novos desastres. A mineradora reconhece no documento que, além de Brumadinho, outras nove barragens estavam em situação de risco.
Corpo de Bombeiros
Até o momento, as autoridades contabilizam 165 mortos e 155 desaparecidos em Brumadinho
Em resposta à Procuradoria, a Vale alega que o estudo indica estruturas que receberam recomendações de manutenção, as quais, conforme a empresa, já estão em curso. A mineradora argumenta, ainda, que a barragem de Brumadinho não corria risco iminente. Segundo a Folha, a Vale estimava que um eventual colapso provocaria mais de cem mortes —até o momento, as autoridades contabilizam 165 mortos e 155 desaparecidos. A maior parte das vítimas estava no refeitório e na sede administrativa da mina do Córrego do Feijão, onde está a barragem que se rompeu.
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Em decisão unânime nesta terça-feira (5), a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a soltura de três funcionários da Vale e outros dois engenheiros da TÜV, SÜD, empresa de origem alemã. Os cinco profissionais prestavam serviço à mineradora brasileira e foram presos depois do rompimento da barragem de rejeitos em Brumadinho (MG), há cerca de duas semanas, em desastre com suspeita de crime que resultou em mais de cem mortos e outras duas centenas de desparecidos.
Reprodução/TV Globo
André Yassuda é um dos investigados de atuação direta em decisões que resultaram nas centenas de vítimas da barragem
Os cinco profissionais estavam presos desde 29 de janeiro, de forma temporária. As ordens de prisão, com validade de 30 dias, haviam sido expedidas pela Justiça Estadual de Minas Gerais. Investigações em curso reuniram indícios de que eles atuaram de forma direta no desenrolar da catástrofe ao atestar a segurança da estrutura rompida – a barragem número 1 da Mina do Feijão.
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O Senado pode ter uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar as causas do rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG). O requerimento com 31 assinaturas deve ser lido na próxima quinta-feira (7) em Plenário. O Regimento Interno exige o apoio de 27 parlamentares. O desastre ocorrido no dia 25 de janeiro provocou a morte de pelo menos 134 pessoas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, 199 vítimas ainda estão desaparecidas.
Jonas Pereira/Agência Senado
Otto Alencar, autor do pedido de criação da CPI, classifica o rompimento da barragem como “catástrofe criminosa”
O requerimento sugere que a CPI seja composta por 11 titulares e sete suplentes. Em 180 dias, os senadores devem identificar os responsáveis pela tragédia e sugerir providências para evitar novos desastres. O autor do pedido, senador Otto Alencar (PSD-BA), classifica o rompimento da barragem como uma “catástrofe criminosa”.
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pós reunião com os ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, anunciou nessa terça-feira (29) que a empresa vai acabar com dez barragens, como a que se rompeu em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte (MG). Segundo ele, essas barragens serão descomissionadas. Todas localizadas em Minas Gerais.
Valter Campanato/Agência Brasil
O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, fala à imprensa sobre acabar com dez barragens semelhantes à de Brumadinho
“É a resposta cabal e à altura da enorme tragédia que tivemos em Brumadinho. Este plano foi produzido três a quatro dias após o acidente”, ressaltou o executivo.
Schvartsman afirmou que descomissionar significa preparar a barragem para que ela seja integrada à natureza. “A decisão da companhia é que não podemos mais conviver com esse tipo de barragem. Tomamos a decisão de acabar com todas as barragens a montante”, disse o executivo em Brasília.
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O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais contabilizou, até o início da noite desta terça-feira (29), um total de 84 vítimas fatais do rompimento da barragem de Córrego Feijão, em Brumadinho (MG). Metade delas (42) foram identificadas no Instituto Médico Legal (IML).
Israel Defense Forces
Após quinto dia de buscas, ainda há 276 desaparecidos
Outras 276 pessoas estão desaparecidas. O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, reconheceu que “a chance de encontrar pessoas com vida é realmente muito pequena”.
Fonte: Congresso em Foco
Dois engenheiros que atestaram a segurança da barragem 1 da Mina do Feijão, que se rompeu na última sexta-feira (25) em Brumadinho (MG), foram presos na manhã desta terça-feira (29) em São Paulo. Em Belo Horizonte foram presas outras três pessoas “diretamente envolvidos e responsáveis pelo empreendimento minerário e seu licenciamento”, segundo o Ministério Público de Minas Gerais.
Ricardo Stuckert
De acordo com balanço divulgado na noite dessa segunda-feira, 65 corpos foram resgatados. Mas quase 300 pessoas ainda continuam desaparecidas
As ordens são de prisão temporária, com validade de 30 dias, e foram expedidas pela Justiça Estadual de Minas Gerais. s investigadores do Ministério Público e da polícia também apuram se documentos técnicos, feitos por empresas contratadas pela Vale e que atestavam a segurança da barragem que se rompeu, foram fraudados. A força-tarefa envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Estadual e Federal e a Polícia Civil de São Paulo e Minas. Os nomes das empresas investigadas não foram informados.
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Parlamentares que assumem um novo mandato no Congresso na próxima sexta-feira (1) têm proposto que haja uma Comissão Parlamentar de inquérito (CPI) para apurar as circunstâncias do rompimento da barragem Mina do Córrego Feijão, em Brumadinho (MG), região metropolitana de Belo Horizonte. Até a noite de sábado, os Bombeiros confirmavam 34 mortos na tragédia.
Edilson Rodrigues
Trabalhos no Congresso serão retomados na próxima sexta (1)
No Senado a proposta partiu de Otto Alencar (PSD-BA). No Twitter, o congressista afirmou que deseja uma investigação “com o objetivo de apurar e evitar novas catástrofes que ceifam vidas, destroem o meio ambiente, degradam áreas e comprometem a qualidade da água, ameaçando o abastecimento”.
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O Major Flávio Santiago, porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, alertou na tarde deste domingo (27) que têm circulado, na internet, pedidos falsos de doações em dinheiro a vítimas da tragédia de Brumadinho (MG).
Defesa Civil MG
Defesa Civil informou, já no sábado (26), ter arrecadado donativos suficientes
Segundo o representante da PM, mensagens com contas bancárias falsas vêm sendo divulgados, pedindo depósitos, mas nenhum destes alertas é oficial. Apenas a Caixa Econômica Federal informou que abrirá uma conta corrente, em nome da Defesa Civil, “para que brasileiros de todo o país possam enviar ajuda aos atingidos pela tragédia”, mas esta conta só deve será aberta nesta segunda-feira (28), segundo o banco.
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A Justiça de Minas Gerais já bloqueou, em duas decisões, um total de R$ 11 bilhões da mineradora Vale após o rompimento da barragem Mina do Feijão, em Brumadinho (MG). Os primeiros R$ 5 bilhões haviam sido bloqueados no último sábado (26), para fins de reparo ambiental, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Divulgação/MPMG
Primeiro bloqueio de R$ 5 bilhões foi para reparos ambientais e, o segundo, para atendimento às vítimas
Já neste domingo (27) outra decisão bloqueou mais R$ 5 bilhões, desta vez para garantir a reparação dos danos às pessoas atingidas. Pela mesma finalidade, mais R$ 1 bilhão foi bloqueado a pedido do governo de Minas Gerais. A juíza Perla Brito determinou, ainda, que a Vale se responsabilize por acolhimento e abrigamento das vítimas, assim como de familiares delas, transporte de bens, pessoas e animais, alimentação e fornecimento de água potável “pelo tempo que se fizer necessário”.
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O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais contabilizou, até o início da noite deste domingo (27), um total de 58 vítimas fatais do rompimento da barragem de Córrego Feijão, em Brumadinho (MG). O número não considera um ônibus com corpos próximo ao local onde ficava o refeitório da mineradora Vale, responsável pela barragem, encontrado no início da noite.
Divulgação/MPMG
Chance de encontrar sobrevivente é pequena, diz comandante da operação
Dos 58 mortos, 19 foram identificados até a noite deste domingo (27). Além disso, a Vale informa que ainda há 305 pessoas desaparecidas. O número aumentou em relação ao que era no início do dia porque a empresa descobriu mais possíveis atingidos que não estavam na lista inicial, por meio de familiares deles.
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