Arquivos de Operação Lava Jato
O Ministério Público Federal (MPF) defendeu que o processo em que o ex-presidente Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do Sítio de Atibaia, retorne para a fase de alegações finais em primeira instância. O processo já estava pronto para ser julgado pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
Ricardo Stuckert/Instituto Lula
MPF pede pela anulação da sentença que condena Lula do Sítio de Atibaia
O pedido é assinado pelo procurador regional federal Mauricio Gerum, que atua no MPF em segunda instância. Na próxima quarta-feira (30), a oitava turma do TRF4 vai decidir se anula ou não a condenação em primeira instância com base no precedente aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a ordem da entrega de alegações finais.
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (23) a 67ª fase da operação Lava Jato, que mira um grupo que repassava valores a ex-dirigentes da Petrobras. Além de 23 mandatos de busca a e apreensão contra os investigados, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 1,7 bi em ativos financeiros.
Agência Brasil
Nova fase da operação Lava Jato mira empreiteiras e ex-dirigentes da Petrobras
Nomeada de “Tango & Cash” em referência ao fato de uma das empresas investigadas ser ítalo-argetina, a operação de hoje conta com o apoio do Ministério Público Federal (MPF) e acontece em três estados: São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. As informações são do jornal O Globo.
Uma das investigadas na operação é a empreiteira multinacional Techint Engenharia, que fabrica placas de aço e tem negócios no ramo do petróleo. Há indícios de que o grupo criou empresas offshore para gerir verbas ilegais e pagar propina em diferentes países.
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O Supremo Tribunal Federal (STF) dá início ao julgamento sobre a prisão em segunda instância nesta quinta-feira (17). O objetivo é definir se os condenados em segunda instância devem cumprir pena na prisão ou podem continuar em liberdade enquanto aguardam o resultado dos recursos apresentados à Justiça. É uma decisão que deve dividir a Suprema Corte e se arrastar até a próxima semana, pois também tem acirrado os ânimos na Câmara dos Deputados e pode beneficiar quase cinco mil condenados, incluindo réus da Lava Jato. O mais famoso deles é o ex-presidente Lula, que, por sua vez, disse não estar interessado no julgamento do STF.
Nelson Jr/STF
STF começa a julhar nesta quinta-feira (17) a prisão em segunda instância
“Não estou reivindicando essa discussão de segunda instância. Não estou interessado nisso. Eu estou interessado na minha inocência”, declarou Lula nas redes sociais, logo depois de comentar o assunto em uma entrevista ao Uol. Na entrevista, concedida direto da prisão em Curitiba, Lula explica que o quer mesmo é provar a sua inocência. É a mesma lógica usada pela defesa do ex-presidente para negar a progressão de pena sugerida pela Operação Lava Jato. “Quero que os ministros da Suprema Corte tenham acesso à verdade do processo e anulem. Se vai ser um ano a mais ou um ano a menos, se vou ficar aqui ou em outro lugar, não importa. […] Se vai ser na segunda, primeira, terceira, quarta, quinta instância, não é problema meu. O que eu quero é a minha inocência”, disse Lula.
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes fez um discurso incisivo contra métodos empregados pela força-tarefa da Lava Jato nesta quarta-feira (2), durante o julgamento de um recurso que pode afetar as condenações da operação. Em determinado momento em que falava da operação, ele fez uma comparação com as milícias.
Nelson Jr/STF
Gilmar Mendes afirmou que prisões preventivas era método de tortura
“É preciso o combate à corrupção dentro do estado de direito. Não se pode combater a corrupção cometendo crimes, ameaçando pessoas, exigindo delações ou fazendo acordos, tendo irmão como irmão porque passam as delações. Tudo isso não é compatível com a ordem do estado de direito. Assim se instalam as milícias brasileiras. Esquadrão da Morte é fruto disto. É preciso ter cuidado. Quem investiga tem que observar o estado de direito”, disse.
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O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou a continuidade do julgamento que pode afetar as decisões da operação Lava Jato. A nova sessão sobre o tema estava prevista para esta quinta-feira (3), mas foi suspensa sob o argumento de que não haveria quórum.
STF
Proposta de Dias Toffoli pode reduzir os efeitos da decisão desta quarta-feira
Depois de determinar que os réus delatados têm direito a fazer suas alegações finais após os réus colaboradores, o Supremo decidiu ontem (2) por adotar uma tese, que deve limitar os alcances da decisão. A sessão, no entanto, terminou antes que os ministros deliberassem sobre o assunto.
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O ex-procurador geral da República Rodrigo Janot pensou em matar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes no auge das investigações da Lava Jato, em 2017. O plano, abandonado no último instante, foi revelado por Janot em entrevista à Revista Veja. “Ia dar um tiro e me suicidar”, admitiu o ex-procurador, que na próxima semana lança o livro Nada Menos que Tudo para revelar esse e outros bastidores das investigações da força-tarefa da Lava Jato.
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Janot admite que quase matou Gilmar Mendes em um livro que vai lançar na próxima semana contando bastidores da Lava Jato
“Num dos momentos de dor aguda, de ira cega, botei uma pistola carregada na cintura e por muito pouco não descarreguei na cabeça de uma autoridade de língua ferina que, em meio àquela algaravia orquestrada pelos investigados, resolvera fazer graça com minha filha. Só não houve o gesto extremo porque, no instante decisivo, a mão invisível do bom senso tocou meu ombro e disse: não”, revela Janot no livro Nada Menos que Tudo.
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O ex-senador Aloysio Nunes (SP), que defendeu o impeachment de Dilma Rousseff e foi chanceler do governo Temer, revelou em entrevista publicada pela Folha de São Paulo nesta sexta-feira (27) que reviu algumas opiniões sobre o afastamento da petista diante da divulgação de mensagens atribuídas a procuradores da Lava Jato pelo site The Intercept. Ele acredita que houve “manipulação política do impeachment” com a divulgação, por parte da Lava Jato, de diálogos entre Lula e Dilma.
Agência Brasil
Aloysio Nunes critica Operação Lava Jato
“O Supremo Tribunal Federal acabou por barrar a posse do Lula [como ministro de Dilma] com base em uma divulgação parcial de diálogo, feita por eles, Moro e seus subordinados, do Ministério Público. Eles manipularam o impeachment, venderam peixe podre para o Supremo Tribunal Federal. Isso é muito grave”, afirmou, admitindo que o PSDB explorou esses diálogos à época. “Eu fui a favor do impeachment. […] Como uma presidente não consegue ter 173 votos para barrar o impeachment, que praticou atos que, à luz da própria legislação, constituiu crime de responsabilidade, não havia como a manter no poder”, argumentou.
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O empreiteiro que incriminou o ex-presidente Lula no caso que o levou à prisão foi tratado com desconfiança pela Operação Lava Jato durante quase todo o tempo em que se dispôs a colaborar com as investigações, aponta reportagem conjunta da Folha de S.Paulo e do Intercept Brasil. É o que indica a troca de mensagens privadas trocadas entre procuradores envolvidos nas negociações reproduzida na edição deste domingo (30) do jornal.
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Léo Pinheiro em depoimento à CPI da Petrobras no Congresso
Segundo a reportagem, o empresário Leo Pinheiro, da OAS, só apresentou a versão que incriminou Lula em abril de 2017, mais de um ano depois do início das negociações com a Lava Jato, quando foi interrogado pelo então juiz Sergio Moro no processo do triplex. Na ocasião, ele disse que a reforma do imóvel era parte dos acertos que fizera com o PT para garantir contratos da OAS com a Petrobras. Essa conexão fundamental para que o processo ficasse nas mãos de Moro.
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Mensagens trocadas por aplicativo entre o procurador federal Deltan Dallagnol e o então juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça, indicam que os dois combinaram ações da Operação Lava Jato. Reportagem do site The Intercept mostra que Moro sugeriu ao coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba que trocasse a ordem de fases da Lava Jato, cobrou agilidade em novas operações e deu pistas informais de investigação, além de conselhos estratégicos.
Lula Marques/AgPT
Oposição anuncia medidas contra Moro e Dallagnol
Por meio de nota, Moro e a força-tarefa da Lava Jato reagiram com indignação ao vazamento das conversas, que, segundo eles, não apontam qualquer ilegalidade, mas visam a atingir a megaoperação. Tanto o ex-juiz quanto os procuradores alegaram que não foram procurados pelo site antes da publicação da reportagem, classificaram como criminosa a invasão aos seus celulares e reclamaram que frases foram retiradas de contexto. Nenhum dos dois lados, porém, contestou a autoria das mensagens trocadas.
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O senador Renan Calheiros (MDB-AL) comemorou ontem, por meio do Twitter, o arquivamento mais um inquérito que havia sido aberto contra ele no âmbito da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, arquivou uma investigação contra ele e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por suposto recebimento de valores para aprovar medidas provisórias.
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Senador Renan Calheiros durante sessão de votação para escolha do novo presidente do Senado
Renan usou a mensagem para atacar o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato no Paraná, e o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que formulou a maioria das denúncias da PGR contra detentores de foro privilegiado. O ex-presidente do Senado já teve vários inquéritos arquivados, ainda responde a outros, mas até o momento não tornou-se réu no Supremo no âmbito da Lava Jato “Acusações absurdas que estão sendo corrigidas. Está cada vez mais evidente que as investigações foram fruto de perseguição de Janot e do procurador do power point, Dellagnol (sic)”, escreveu o senador.
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