Arquivos de Polícia Federal
A Polícia Federal enviou nesta segunda-feira (26) ao STF (Supremo Tribunal Federal) inquérito finalizado contra o presidente da Câmara dos Deputado, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A PF afirma que há “elementos concretos e relevantes” de que o demista cometeu corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Os crimes foram imputados ao presidente da Câmara em delações de executivos da empreiteira Odebrecht.
Reprodução/Rodrigo Maia
Rodrigo e Cesar Maia têm inquérito analisado pelo STF
O inquérito da PF afirma que Maia e seu pai, o ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia (DEM) receberam contribuições indevidas nos anos de 2008, 2010, 2011 e 2014. O relator do caso no STF, ministro Edson Fachin, remeteu (íntegra) o processo para análise da Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, que deve apresentar a denúncia ou arquivamento em 15 dias.
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A tentativa do presidente Jair Bolsonaro de interferir na nomeação do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro pode abrir o caminho para a retomada de duas propostas de emenda à Constituição (PECs) paradas no Congresso. Após a declaração do presidente de que ele é “quem manda” na definição dos cargos de comando do órgão, delegados federais decidiram cobrar dos parlamentares a aprovação da autonomia administrativa, financeira e orçamentária da Polícia Federal, além da fixação de um mandato fixo para o diretor-geral da instituição.
Pedro França/Agência Senado
Para Edvandir Paiva, declarações de Bolsonaro mostram como a Polícia Federal não tem autonomia e está sujeita a interferências políticas
As medidas estão previstas respectivamente em duas PECs, a 412/09, em tramitação na Câmara, a PEC 101/15 , no Senado. “Vamos buscar a autonomia na Constituição, que é o único remédio para proteger a polícia desse tipo de crise e de uma interferência indevida. Há dez anos dizemos que a possibilidade de interferência política na PF. Nesse caso, agora, foi público. Mas há formas de se fazer isso nos bastidores, com corte de verba, transferências e promoções estratégicas. Ninguém fica sabendo disso”, afirmou o presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, ao Congresso em Foco.
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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, é um dos dez presos na Operação Fantoche, desencadeada nesta terça-feira (19) pela Polícia Federal para investigar esquema de corrupção envolvendo contratos entre empresas ligadas a uma mesma família, o Ministério do Turismo e o Sistema S no valor total de R$ 400 milhões.
Jane de Araújo/Agência Senado
CNI, presidida por Robson Andrade, comanda o Sistema S
Segundo a Polícia Federal, a maior parte dos contratos tratava da execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados ou que não foram concluídos, com recursos desviados por meio de empresas de fachada.
“A atuação do grupo consistia na utilização de entidades de direito privado, sem fins lucrativos, para justificar celebração de contratos e convênios diretos com o ministério e unidades do Sistema S. Tais contratos, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e/ou com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada”, afirma a Polícia Federal em nota.
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A Polícia Federal rastreou depósitos de US$ 3 milhões em contas bancárias na Suíça que, segundo as investigações, fazem parte de um acerto de propina com políticos do MDB – entre eles o senador Renan Calheiros – em troca de contratos na Petrobras, informa O Globo.
Edilson Rodrigues/Agência Senado
Senador diz que nunca manteve ou se beneficiou de conta bancária no exterior
De acordo com a PF, a propina passou por duas contas controladas pelo empresário Walter Faria, do Grupo Petrópolis (Itaipava). O relatório final da PF, assinado pelo delegado Thiago Delabary, traz detalhes sobre a engenharia financeira montada para pagar propina ao MDB e atribui ao senador o crime de corrupção passiva. Já o empresário é acusado de lavagem de dinheiro. Ambos negam envolvimento em irregularidades.
O material foi enviado no último dia 12 pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), à Procuradoria Geral da República, que analisa se oferece denúncia. Segundo O Globo, a PF também apontou indícios de envolvimento do deputado Aníbal Gomes (DEM-CE) e seu ex-assessor Luís Carlos Batista Sá, além do ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau. Já o senador Jader Barbalho (MDB-PA), também citado por delatores, foi excluído porque os investigadores não encontraram elementos contra ele.
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A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra do sigilo telefônico do presidente Michel Temer e de seus ministros mais próximos, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia), referente ao ano de 2014. A informação foi dada em primeira mão pelo site do jornal O Globo.
Marcos Corrêa/PR
Segundo O Globo, os investigadores buscam rastrear telefonemas feitos entre eles nas datas próximas das entregas de dinheiro em espécie relatadas por delatores da Odebrecht
Segundo os repórteres Aguirre Talento e Bela Megale, o objetivo é aprofundar a investigação sobre o pagamento de R$ 10 milhões atribuído à Odebrecht a Temer. De acordo com a suspeita, o repasse foi acertado em um jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer, naquele ano. Conforme a reportagem, os investigadores buscam rastrear telefonemas feitos entre eles nas datas próximas das entregas de dinheiro em espécie relatadas pelos delatores da empreiteira.
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A Polícia Federal desautorizou, em nota, o delegado Milton Fornazari Junior, da Delegacia de Combate à Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor) em São Paulo, que defendeu prisão de “outros líderes de viés ideológico diverso” do ex-presidente Lula, como “Temer, Alckmin, Aécio etc”. O presidente Michel Temer (MDB), o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) são alvos de inquéritos da Operação Lava Jato, a mesma que levou Lula à prisão.
Reprodução/Wikimapia
Além de destacar que as declarações de Fornazari são de “cunho exclusivamente pessoal”, a PF anunciou a adoção de medidas administrativo-disciplinares em “relação ao caso concreto”
“As declarações proferidas são de cunho exclusivamente pessoal e contrariam o normativo interno referente a manifestações em nome da instituição”, destaca o comunicado.
Em texto publicado no Facebook no último sábado (7), enquanto o ex-presidente Lula era preso, o delegado defendeu a prisão de outras lideranças políticas para que não prospere a tese de que o petista é alvo de perseguição política”.
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