Arquivos de Venezuela
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, condenou nesta terça-feira (30), pelo Twitter, o apoio do presidente Jair Bolsonaro a Juan Guaidó, líder da oposição ao presidente Nicolás Maduro. “Denunciamos o apoio do dirigente neofascista Jair Bolsonaro à tentativa de golpe de Estado”, escreveu.
Divulgação/Twitter
Ministro afirmou em suas redes sociais que Bolsonaro apoia "golpe de Estado" na Venezuela
Bolsonaro havia pulicado também no Twitter, mais cedo, que o Brasil “está ao lado do povo da Venezuela, do presidente Juan Guaidó e da liberdade dos venezuelanos”. Guaidó, autoproclamado presidente, é reconhecido por mais de 50 países. Guaidó convocou a população às ruas para forçar a saída de Maduro.
O opositor afirma, por meio de suas redes sociais, ter apoio de militares contra o que chama de “usurpação” e diz ter respaldo da comunidade internacional para um “irreversível processo de mudança” no país. Há relatos de confrontos entre manifestantes e forças de segurança nas ruas da capital do país.
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O governo brasileiro divulgou nota em que endurece as críticas ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, por causa de sua decisão de bloquear as fronteiras do país para evitar o repasse de doações internacionais. Comunicado publicado neste domingo (24) pelo Ministério das Relações Exteriores chama o governo de Maduro de “ilegítimo” e “criminoso” e conclama a comunidade internacional a reconhecer o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como novo presidente do país.
Instagram/Juan Guaidó
Juan Guaidó é engenheiro, tem 35 anos e preside a Assembleia Nacional, o Parlamento venezuelano
De acordo com o Itamaraty, os conflitos registrados nas fronteiras da Venezuela com o Brasil e a Colômbia são um “brutal atentado aos direitos humanos”. “O governo do Brasil expressa sua condenação mais veemente aos atos de violência perpetrados pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro, no dia 23 de fevereiro, nas fronteiras da Venezuela com o Brasil e com a Colômbia, que causaram várias vítimas fatais e dezenas de feridos”, diz o texto (veja a íntegra mais abaixo).
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste sábado (23) o rompimento das relações diplomáticas com o governo de Iván Duque, da Colômbia, chamou o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, de “fantoche palhaço” e rejeitou as doações encaminhadas pelo Brasil para a fronteira entre os dois países.
Reprodução/Youtube
Maduro fez discurso de quase uma hora para multidão em Caracas
Maduro disse que os cidadãos de seu país não precisam de nada enviado pelo governo brasileiro. “É o que digo a esse país, por exemplo. Mandei uma mensagem. Estamos dispostos, como sempre estivemos, a comprar todo arroz, todo leite em pó, toda a carne. Mas pagando. Não somos mau pagadores. Nem mendigos. Somos gente honrada que trabalha”, afirmou. “Trazer caminhões com leite em pó? Compro agora e pago agora. Querem trazer carne? Que venham para os mercados populares”, emendou em discurso para uma multidão em Caracas, no qual prometeu defender a Venezuela de intervenções estrangeiras.
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Estão a caminho de Pacaraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela, dois caminhões que transportam a primeira remessa de ajuda humanitária brasileira ao país vizinho. Os veículos, com placas e motoristas venezuelanos, partiram esta manhã da capital de Roraima, Boa Vista, e são escoltados pela Polícia Rodoviária Federal e pelo Exército. Cerca de 220 km separam as duas cidades. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, está na região.
Leandra Felipe/Agência Brasil
Nicolás Maduro classifica ajuda humanitária como intromissão externa na política da Venezuela. Socorro foi pedido pelo autodeclarado presidente interino Juan Guaidó
A fronteira entre os dois países segue fechada desde a noite de quinta-feira (21) por determinação do presidente Nicolás Maduro, que rejeita as doações sob a alegação de que a ajuda é uma interferência externa indevida na política da Venezuela. Colômbia e Estados Unidos também enfrentam dificuldades para transportar alimentos, remédios e outros produtos de primeira necessidade. As doações foram solicitadas pelo autoproclamado presidente interino Juan Guaidó, líder da oposição e da Assembleia Nacional da Venezuela. Guaidó e Maduro travam uma disputa pelo comando do país.
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O presidente Jair Bolsonaro reconheceu nesta quarta-feira (23) o deputado Juan Guaidó, de 35 anos, como presidente interino da Venezuela e prometeu apoio político e econômico para que “a democracia e a paz social voltem” ao país. O anúncio foi feito por Bolsonaro pelas redes sociais diretamente de Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial. Ele seguiu o mesmo posicionamento do presidente norte-americano, Donald Trump.
Miguel Gutiérrez/EFE
Juan Guaidó é engenheiro, tem 35 anos e preside a Assembleia Nacional, o Parlamento venezuelano
“O senhor Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional venezuelana, assumiu hoje, 23/01, as funções de presidente encarregado da Venezuela, de acordo com a Constituição daquele país, tal como avalizado pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). O Brasil reconhece o senhor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela. O Brasil apoiará política e economicamente o processo de transição para que a democracia e a paz social voltem à Venezuela”, escreveu Bolsonaro.
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